Comiss�es de frente da Portela
Se a Portela foi quem introduziu as comiss�es de frente nas escolas de samba, foi tamb�m quem mais tempo se manteve fiel a sua concep��o original, embora, em alguns anos, os carnavalescos tenham criado comiss�es, se assim podemos chamar, "modernas".
At� 1993, a Portela resistiu �s mudan�as no carnaval. Gente como Manac�a, Monarco, Casquinha, Ari do Cavaco, Alberto Lonato e outras grandes personalidades portelenses abriam sempre o cortejo azul-e-branco, impondo o respeito necess�rio j� no in�cio do desfile. A chamada comiss�o de frente "tradicional" da Portela, a �nica que respeitava a origem desse quesito, composta por gente que tinha representatividade para apresentar a escola, era um dos pontos altos do desfile do Samb�dromo, aguardada por todos os amantes do samba tradicional. |
Comiss�o de frente - 1980 |
Comiss�o de frente - 1999 |
Entretanto, as transforma��es nesse quesito foram t�o intensas que ficava dif�cil julgar com os mesmos crit�rios os shows que algumas escolas apresentavam e a tradi��o dos senhores portelenses. A Portela viu-se obrigada a se enquadrar � nova concep��o que esse quesito estava adquirindo, haja vista o fato de que alguns insens�veis jurados passaram a tirar pontos da Portela, n�o entendendo o que era a verdadeira tradi��o do samba. |
Em 1994, a Portela passou a adotar uma comiss�o de frente "moderna". O core�grafo Jer�nimo, um dos maiores passistas da Portela, organizou uma comiss�o formada por dan�arinos de lundu, de acordo com o enredo "Quando o samba era samba". A partir de ent�o, as comiss�es de frente da Portela passaram a ser verdadeiros espet�culos, um show � parte dentro do desfile.
A comiss�o de frente da Portela ganhou o Estandarte de Ouro, premia��o m�xima do carnaval carioca, nos anos de 1981, 82, 91 e 2001.
Desde 2001, Gabriel Cortez � o core�grafo da Portela, respondendo pelo "cart�o de visitas" da escola na avenida.
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Equipe Portela Web - 2001
Pesquisa e cria��o de texto: F�bio Pav�o
Revis�o ortogr�fica: Fabr�cio Soares
Bibliografia:
ARAUJO, Hiram. Carnaval - Seis mil�nios de hist�ria. Rio de Janeiro. Gryphus. 2000
CANDEIA FILHO, Ant�nio & ARA�JO, Isnard. Escola de samba - �rvore que esqueceu a raiz. Rio de Janeiro, Ed. Lidador, 1978.