Curiosidades
Os primeiros sambas compostos pelo pessoal da Portela, pouco tempo ap�s a funda��o, foram: "Mulher tu �s orgulhosa", de Paulo da Portela, "Favela tem o seu cruzeiro", de Ant�nio Rufino, e "O quanto a paix�o � capaz", de Ant�nio Caetano.
O batismo da Portela foi realizado por dona Martinha, uma negra africana muito querida por todos, que consagrou Nossa Senhora da Concei��o (Oxum) como madrinha e S�o Sebasti�o (Ox�ssi) como padrinho. Hoje, Nossa Senhora da Concei��o � a padroeira da escola, e S�o Sebasti�o � o santo protetor de nossa bateria. Muitos afirmam que as caracter�sticas peculiares da bateria da Portela foram inspiradas nas batidas dos tambores para Ox�ssi.
A preocupa��o em vestir-se bem est� presente desde os primeiros anos da escola. Paulo da Portela, preocupado em livrar o sambista do estere�tipo de "malandro" e "vagabundo", imp�s para o grupo o que ficou conhecido como "cabe�a e pesco�o tapados", isto �, a obrigatoriedade de o portelense trajar chap�u e gravata. At� hoje, as restri��es a algumas vestimentas, como chinelos e shorts, por exemplo, est�o presentes no Portel�o.
A primeira sede da Portela foi na pr�pria casa de Paulo da Portela, primeiro presidente de nossa agremia��o, no local conhecido como "Barra-preta". Naquele per�odo, a sede era simplesmente o local onde eram guardados os instrumentos.
A Portela, chamada na �poca de conjunto carnavalesco de Oswaldo Cruz, venceu a primeira disputa de samba de que se tem not�cia , realizada em 1929 no terreiro do famoso pai-de-santo Z� Espinguela. Na ocasi�o, o samba vencedor foi "A tristeza me persegue" de Heitor dos Prazeres. Al�m do pessoal da Portela, participaram sambistas do Est�cio e da Mangueira.
Portela, Mangueira e Unidos da Tijuca s�o as �nicas escolas que participaram do primeiro desfile, em 1932, e continuam em atividade at� hoje.
A Portela � a �nica escola que participou de todos os desfiles principais do carnaval carioca de 1932 at� hoje, pois, em 1937, o delegado Dulc�dio Gon�alves mandou encerrar o desfile antes que a Mangueira e a Unidos da Tijuca se apresentassem. Esse fato faz com que a verde-e-rosa n�o reconhe�a o resultado final desse desfile.
A Portela foi campe� do primeiro desfile oficial do carnaval carioca, no ano de 1935, com o enredo "O samba dominando o mundo". Nesse mesmo ano, a Portela trouxe para a avenida um r�stico globo terrestre idealizado por Ant�nio Caetano, introduzindo as alegorias nos desfiles das escolas de samba.
Adalberto dos Santos, o homem que desenvolveu as caracter�sticas de nossa bateria, teve a id�ia de usar um apito para comandar seus ritmistas ap�s observar um guarda de tr�nsito no exerc�cio de sua fun��o. Mestre Betinho, nome pelo qual ficou conhecido e eternizado na hist�ria da Portela, tamb�m foi o respons�vel pela utiliza��o da caixa-surda e do reco-reco pelas escolas de samba.
A Portela foi a primeira escola a trazer uma comiss�o de frente uniformizada. Tal iniciativa partiu de "Candeia Velho", nome pelo qual ficou conhecido o antigo portelense Ant�nio Candeia ap�s o sucesso do filho com o mesmo nome.
A Portela foi a primeira escola a usar cordas para organizar os desfiles. Muitos portelenses hoje consagrados deram seus primeiros passos no mundo do samba segurando essas famosas cordas.
Em 1934, a Portela participou do filme "Favela dos meus amores", de Carmem Santos e Humberto Mauro, tornando-se a primeira escola de samba a atuar em uma produ��o cinematogr�fica. Em 1936, novamente a Portela � convidada a atuar no cinema, dessa vez o filme foi "O bobo do Rei", uma produ��o da Sonofilme baseada em um texto teatral de Joraci Camargo.
Em 1934, a Portela foi a primeira escola de samba a excursionar. Viajou para Valen�a, interior do Estado do Rio de Janeiro.
"L� vem ela chorando", tamb�m conhecida como "Dinheiro n�o h�", samba de Ernani Alvarenga cantado pela Portela, foi o primeiro samba cantado em desfile a fazer sucesso nas r�dios.
Em 1935, o Jornalista Pedro Ivo, com o intuito de oferecer um "programa carioca" a um grupo de professores da Sorbonne, escolheu a Portela para mostrar para os estrangeiros a alegria do Povo brasileiro. Em 1936, Lindolfo Collor, ent�o ministro do Trabalho, foi mais uma figura ilustre que visitou nossa escola em seus primeiros anos.
Em 1937, Paulo da Portela participou da primeira excurs�o de sambistas para o exterior, ajudando a difundir nossa m�sica em Montevid�u, Uruguai.
O primeiro samba-enredo de todos os tempos foi "Teste ao Samba", de autoria de Paulo da Portela, cantado pela escola no carnaval de 1939. Nesse mesmo ano, a Portela inovou ao trazer para o desfile fantasias totalmente enquadradas ao enredo.
O espelho e outros importantes materiais que hoje fazem parte das escolas de samba foram introduzidos no carnaval brasileiro pela Portela, tendo Ant�nio Caetano e Lino Manuel dos Reis como precursores dos grandes carnavalescos que hoje realizam esses maravilhosos espet�culos.
Em 1941, o empres�rio Walt Disney, cumprindo a pol�tica de boa vizinhan�a do governo americano, assiste a uma animada noite de samba em Oswaldo Cruz. De volta aos Estados Unidos, surgia da prancheta de seu desenhista, que o acompanhou durante a viagem, o personagem "Z� Carioca", muito provavelmente inspirado em algum sambista portelense.
A Portela � a �nica escola Heptacampe� do carnaval carioca, ganhando todos os t�tulos disputados entre 1941 e 1947.
A Portela, recebendo convite do Itamaraty, realizou na d�cada de 50 um show de samba para mostrar � Duquesa de Kent a verdadeira cultura brasileira.
A Portela foi a primeira escola a ser campe� com 10 em todos os quesitos. O feito aconteceu em 1953, ano da reunifica��o do samba.
A Portela trouxe a primeira ala coreografada da hist�ria do carnaval carioca. O pioneirismo coube � Ala dos Imposs�veis, em 1957.
A Portela foi a primeira escola de samba a trazer uma mulher na bateria tocando surdo. Dagmar, assim, entra para a hist�ria do carnaval carioca.
Em 1964, a Portela trouxe para a Avenida um grupo de violinistas para representar o enredo "O segundo casamento de D. Pedro".
A "Portelinha", inaugurada no final da d�cada de 50, foi viabilizada gra�as ao apoio de Natal e de contribui��es da comunidade Portelense. Em seu lugar existia uma Jaqueira, eternizada em um samba de Z� Ketti.
Como sua quadra se tornara pequena, a Portela, a partir de 1970, passa a realizar ensaios tamb�m na sede do Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
Em 1972, gra�as ao empenho do presidente Carlos Teixeira Martins, a Portela inaugura o "Portel�o", maior quadra de ensaios de uma escola de samba.
Ap�s a morte da ilustre portelense Clara Nunes, o nome da rua onde est� localizado o "Portel�o" passou a se chamar Rua Clara Nunes.
David Corr�a � o maior vencedor de samba da hist�ria da Portela, sagrando-se vencedor da disputa da escola por 7 oportunidades. (1973, 75, 79, 80, 81, 82 e 2002) Candeia (1953, 55, 56, 57, 59 e 65) e Waldir 59 (1954, 55, 56, 57, 59 e 65) venceram a disputa em 6 ocasi�es.
Em novembro de 2001, a Portela recebeu das m�os do presidente Fernando Henrique Cardoso, numa cerim�nia em Bras�lia, a "Ordem do M�rito Cultural", como reconhecimento pelos servi�os prestados, ao longo dos anos, em defesa da cultura nacional.