A idéia do cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz fez com que a cidade do Rio de Janeiro voltasse seus olhos (e ouvidos) para a tentativa de extermínio de parte da história cultural carioca, ao criar uma inversão do tradicional trânsito de bens simbólicos, direcionando-se para o subúrbio.
O Pagode do Trem de 2003 conta com o apoio da SuperVia, da RIOTUR, de uma grande empresa do ramo de telecomunicações e de uma grande empresa do ramo de seguros.
A concentração tem início às 17h, na gare D. Pedro II, com a apresentação de grandes nomes do samba (Velha Guarda da Portela, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Nelson Sargento, Renatinho Partideiro, Xangô da Mangueira, Tantinho da Mangueira, Wilson Moreira, Walter Alfaiate entre outros) no palco “Mestre Rufino”.
A saída das quatro composições cedidas pela SuperVia começará às 18:35. Uma novidade é o batismo dos 4 trens com nomes de sambistas tradicionais: Silas de Oliveira, Paulo da Portela, Geraldo Babão e Cartola. Duas composições terão seus vagões ocupados por rodas de samba de grupos tradicionais do Rio de Janeiro (Samba na Veia, Partideiros do Cacique, Pagode do Helinho de Guadalupe, Pagode da Tia Doca, Pagode do Pau Ferro, entre outros). Uma das composições será ocupada pelas velhas guardas da Portela, do Império Serrano, da Mangueira e do Salgueiro. O último trem será ocupado pela bateria da Portela, que ao chegar em Oswaldo Cruz promoverá um ‘arrastão’ dos sambistas para a antiga sede da escola, conhecida como Portelinha.
Será feita uma parada na estação da Mangueira (onde será recebida a Velha Guarda da Mangueira), tendo como parada final a estação de Oswaldo Cruz, tradicional bairro carioca. Lá, em Oswaldo Cruz, serão realizadas, simultaneamente, várias rodas de samba e de partido alto ao longo das ruas do bairro com os grupos que tocaram nos vagões, além de espetáculos nos dois palcos: o palco Candeia situado na estação de Oswaldo Cruz e o palco Paulo da Portela situado na Portelinha.
No palco Paulo da Portela, as velhas guardas das escolas de samba estarão reunidas desde cedo para realizarem a tradicional lavagem da estátua de Paulo da Portela que está situada na praça que leva o mesmo nome.
Quem estiver em qualquer um dos palcos vai ter a oportunidade de se deliciar com os grandes nomes da música do Rio de Janeiro como David Correia, Nadinho da Ilha, Marquinhos Diniz, Luiz Carlos da Vila, Bandeira Brasil, Ivan Milanez, entre outros.
Como já disse Paulo da Portela, quem vier até Oswaldo Cruz vai poder comprovar que “para que havemos de mentir, o subúrbio está é bom, venha ver não é história, se por acaso estou errado dou a mão à palmatória”.
(Programação elaborada por Denise Barata)
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Pesquisa e criação de texto: Vanderson Lopes
Revisão ortográfica: Fabrício Soares