Programação de 2006

 

    Dia 02 de dezembro.  Sim, Dia Nacional do Samba.  A novidade deste ano de 2006 fica por conta de “cair” no sábado.  Ou seja, a festa já se anuncia mais cedo, numa cidade em que todos os dias são especiais, todos os dias são de samba.

 

 

     Em Osvaldo Cruz e Madureira, as comemorações, certamente, vão começar na mais nova roda de samba do subúrbio: na Portelinha, quinta-feira, em sua segunda edição, teremos o pagode de mesa “O samba é assim”, comandado por Valdir 59, Ari do Cavaco, Bandeira Brasil e Gaúcho, bambas da famosa ala de compositores da Portela.  Na sexta-feira, o tradicional sambão no Portelão, com a Tabajara animando, com o gingado das cabrochas e passistas, os foliões que não perdem o samba na Clara Nunes.  Quando o samba termina na quadra, normalmente, prossegue na rua.  Neste ano, então, será mais um motivo para festejar.  Da Clara Nunes, nome forte que evoca a emoção da Guerreira, todos em direção à Praça Paulo da Portela.

 

 

  Na pequena praça que fica em frente à “Mãe do Portelão”, mais uma vez, às 6 horas da manhã, como forma de alvorada e louvação, Marquinhos de Osvaldo Cruz lidera a lavagem do busto do nosso Mestre Maior: Paulo Benjamin de Oliveira, Oraniah, criador do mundo azul e branco, a quem a Portela e as escolas de samba devem muito.

 

 

 

      O dia  é longo para Marquinhos, a Velha Guarda da Portela e a todos os sambistas que abraçaram a noite com o dia e a todos recém despertos para um mais um Dia de Graça.

 

      Dos dois lados de Osvaldo Cruz, todos seguem para a estação, aquela que uniu a “roça” à cidade.  O embarque para a Central não é de um dia comum – ainda que muitos tenham que encarar mais um dia de trabalho (graças a Deus, nestes tempos sempre difíceis, para quem tem um) – pois, se para muitos a ida é de alegria, para todos a volta será de regozijo e confraternização.

 

 

  No palco armado na parte externa da Central do Brasil, às 17 horas, Marquinhos de Osvaldo Cruz, incansável e sabedor da responsabilidade da tarefa, receberá os convidados para desfiar pérolas do samba.  Mas, nas plataformas, espontaneamente, o samba já estará “comendo solto” nas rodas de samba de todo o Grande Rio.

 

 

      Atenção, senhores sambistas, para as composições que seguem para Osvaldo Cruz.  Escolham o vagão mais animado e boa viagem:

 

1° Trem – 19 h

vagão 1 Bip-Bip

vagão 2 V.G. do Império

vagão 3 Raiz do Samba

vagão 4 Tia Doca

vagão 5 Manga Preta

vagão 6 Autonomia

vagão 7 Embaixadores da Folia

vagão 8 V.G. da Mangueira

 

2° Trem – 19: 30 h

vagão 1 Descendo a Serra, batizando o vagão Tia Eulália

vagão 2 V.G.do Salgueiro

vagão 3 Negão da Abolição

vagão 4 Pagode do Nelsinho e da Wilma

vagão 5 Tia Gessy

vagão 6 Cacique de Ramos

 

3° Trem – 20 h

vagão 1 Pagode do Coelho

vagão 2 Marquinhos de Oswaldo Cruz e a V.G. da Portela

vagão 3 Trem de Niterói / Pagode do Chico

vagão 4 Choro de Samba

vagão 5 Democráticos de Guadalupe

vagão 6 V.G. Mocidade Independente de Padre Miguel

vagão 7 Clube do Samba

vagão 8 Pagode da Rua

 

4° Trem – 21 h

vagão 1 Bateria do Inst.Sócio-Cultural Faísca Samba Show

vagão 2 Voltar Pra Quê?

vagão 3 V.G.  Vila Isabel

vagão 4 Arranco Engenho de Dentro

vagão 5 Sambola

vagão 6 Art.Junior 

 

 

    A chegada promete ser calorosamente, chova ou não, carioca e, sobretudo, suburbana: desconstraída, democrática, acolhedora.

 

  São três palcos:

 

- no Palco 1, Almir Guineto recebe Tia Doca, Luís Carlos da Vila e Délcio Carvalho;

 

- no Palco 2, Noca da Portela, Walter Alfaiate, Ircéia Pagodinho e Dudu Nobre;

 

- no Palco 3, na Praça Paulo da Portela,  Marquinhos de Osvaldo Cruz, Velhas Guardas da Portela, da Mangueira, do Império e da Mocidade Independente de Padre Miguel e convidados.

 

   Apoios: SuperVia, Riotur, Caixa Econômica Federal, Prefeitura do Rio de Janeiro, Ministério do Turismo e Fundação Palmares.

 

  Patrocínio: Petrobras, Eletrobrás e Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura.

 

 

Fonte: Divulgação “Trem do Samba”

Pesquisa e texto: Rogério Rodrigues