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Um costume portelense |
O livro "Paulo da Portela � Tra�o de uni�o entre duas culturas", de Mar�lia T. Barboza da Silva e Lygia Santos, explica que antes da Portela se fixar no n�mero 412 da Estrada do Portela, a escola era uma associa��o semovente. As reuni�es de diretoria aconteciam onde houvesse espa�o. Inclusive, um trem da Central que sa�a da cidade �s 6h e 4min em dire��o ao sub�rbio chegou a ser uma esp�cie de sede volante da escola. Trechos do depoimento de Ernani Ros�rio (passageiro habitual do trem), presentes no mesmo livro, d�o id�ia de como eram esses encontros:
�O pessoal da Portela se reunia diariamente. Mas era no trem. Aqueles que trabalhavam, vinham no trem das seis e quatro, da Central para Oswaldo Cruz . . . Quando chegava umas cinco horas, tomava um banhozinho, botava o palet�, enfiava o tamborim debaixo do bra�o e partia pra l� para se reunir . . . As pessoas iam de Oswaldo Cruz at� a Central para poder voltar junto . . . Ali no trem pass�vamos os sambas. Quando chegava no domingo, grande parte j� conhecia de cor. Sa�a nego de mansinho, a�, tamborim debaixo do bra�o, pandeiro, s� n�o tinha cu�ca. A turma que descia de manh� era pequena, mas na volta!!!�
Assim, o bairro de Oswaldo Cruz j� dava sinais de que seria um reduto f�rtil, uma das regi�es do Rio de Janeiro que mais contribuiria para que o samba se consolidasse como nossa manifesta��o popular mais importante. O samba dominaria o mundo.
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Pesquisa e cria��o de texto: Vanderson Lopes
Revis�o ortogr�fica: Fabr�cio Soares