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Portela 1998: Os Olhos da Noite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A noite,

se vestiu de azul e branco

abriu seu manto

com encanto e poesia

seus olhos são a luz do luar

que ilumina a passarela

para a Portela brilhar"

 

Esses belos versos do samba de Noca da Portela, Colombo, J. Rocha, Darci Maravilha e Celino Dias, vencedor do prêmio Estandarte de Ouro, sintetizavam de maneira bastante feliz o enredo "Os olhos da noite", idealizado e desenvolvido pelo carnavalesco Ilvamar Magalhães, em 1998.

 

Ainda nos preparativos para o carnaval, o desempenho do samba na quadra e nas ruas de Madureira já preconizava o alegre desfile que seria apresentado pela Portela, transformando-se em um dos principais trunfos que a escola levaria para a avenida.

 

A noite, tão decantada pelos boêmios portelenses em diversos sambas de terreiro, agora era homenageada pela escola na avenida. Sétima agremiação a se apresentar no domingo de carnaval, a Portela aproveitava os últimos momentos da homenageada, antes que mais uma vez o brilho do sol ofuscasse a beleza da lua.

 

Para apresentar o enredo, Ilvamar preparou 7 carros alegóricos e 36 alas, formadas por 4.500 componentes. As fantasias chamavam a atenção pela beleza, mesclando de maneira bastante feliz o tradicional azul-e-branco com o preto da noite.

 

Ainda na concentração, o público delirava e cantava junto "Foi um rio que passou em minha vida", interpretado por Paulinho da Viola e Rogerinho, que estreava como principal intérprete da Portela. A empatia entre público e escola continuaria quando o puxador começou a levar o belo samba, correspondendo às expectativas iniciais.

 

A Águia, soltando fumaça e batendo suas asas, se impôs na avenida. A comissão de frente, os "anfitriões da noite", as primeiras estrelas que aparecem quando o sol se põe, iniciava a "noite especial" que a Portela iria mostrar. A coreografia, criação de Luiz Monteiro, formava um olho que piscava, reverenciando o público e os jurados.

As estrelas, os ovni's, os cometas, a exuberância noturna. No segundo carro, os anjos colocando as estrelas no céu, numa poética interpretação sobre a criação do Universo. No alto da alegoria, o destaque Carlos Reis e sua sempre bela fantasia.

 

A ala das damas representava as "damas românticas", integrando o setor que fazia referência ao romantismo da noite. Inspiração para os amantes e apaixonados, homens e mulheres atingidos pela doce flecha do cupido.

 

As mil e uma noites, a noite das arábias. A quarta alegoria fazia referência às "fantasias da noite", cavalos e castelos árabes. Logo em seguida, os "seres da noite", personagens que vivem e que trabalham quando todos estão dormindo. Os jornaleiros, os garçons, os travestis, os pichadores que se aproveitam do escuro da noite para deixar suas marcas nos muros, toda a "fauna noturna" estava presente nesse setor, que fechava com a quinta alegoria.

 

A bateria, sob o comando de mestre Mug, fantasiada de "cavaleiros da noite", vinha logo atrás de Marcelinho e Ruth, que estreavam como primeiro casal da escola, numa linda fantasia negra. Logo atrás, a ala das baianas, os "pássaros noturnos", velhas senhoras que traziam a sabedoria das corujas para a avenida.

 

De repente, uma mudança repentina. Um clima "dark" toma conta da passarela. Era o setor dedicado ao "misticismo da noite". As lendas, os medos, as histórias de assombrações. Vampiros, mulas-sem-cabeça e outras personagens do imaginário noturno brincavam em plena Marquês de Sapucaí.

 

No setor dedicado às festas noturnas, a velha guarda, elegantemente vestida, estava presente na última alegoria, um grande baile que encerrava o belo desfile da Portela.

 

A tranqüilidade tomava conta de todos, certeza de dever cumprido. Ainda sobrava tempo para mestre Mug dar seu espetáculo diante dos setores 11 e 4, mostrando tudo o que a "Tabajara do samba" é capaz de fazer.

 

O amanhecer se aproximava. A noite, convidada especial para o desfile em sua homenagem, já se despedia. O desfile da Portela chegava ao fim. No sábado seguinte, mais uma vez a Portela voltaria a decantar as maravilhas noturnas, pois ficara com a 4ª colocação no resultado final.

 

Ficha técnica:

 

Resultado: 4ª Colocada do Grupo Especial, com 264 pontos

Data, Local e Ordem de Desfile: 7ª Escola de 22/02/98, Domingo, Av. Marquês de Sapucaí (Passarela do Samba)

Carnavalesco: Ilvamar Magalhães

Presidente: Paulo Miranda

Diretor de Carnaval: Paulo Miranda

Diretor de Harmonia: Djalma Vieira Silva

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Ruth e Marcelinho

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Gizelle e Márcio

Bateria: 300 Componentes sob o comando de Mestre Mug da Portela

Contigente: 4.500 componentes em 36 alas

 

Samba enredo:

autores: Noca da Portela, Colombo, J. Rocha, Darcy Maravilha e Celino Dias

 

A noite

Se vestiu de azul e branco

Abriu seu manto

Com encanto e poesia

 

Seus olhos, são a luz do luar

Que ilumina a passarela

Para a Portela brilhar

 

Poetas, trovadores, canções de amores

Sonhos, fantasias, mistério, magia

E a noite veio seduzir o dia

 

Vem me beijar, amor

Te quero só pra mim

Maravilhosa flor

Que enfeita o meu jardim

 

Vem, sem medo de ser feliz

Mariposas, travestis

Dama da noite faz a vida

 

Tem lendas, fascínio e sedução

E a Portela na avenida

O que é, o que é...

É uma noite de paixão

 

É lua cheia, amor

Sai dessa fossa

Cai no meu samba

Que hoje a festa é nossa

 

Foto: www.sambario.com.br

 

 



 

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