O RJ-TV esteve na quadra da Portela, dia 21, acompanhando mais um ensaio da escola. Dessa vez de baixo de chuva. Apresentado por Leilane Neubarth, o quadro do RJ-TV, "Te Vejo na Quadra", teve reportagem de Marcos Uchoa, com imagens de Josue Luz, produção de Tete José e Carla Brito, e edição de Cesar G. Cardoso. Acompanhe o texto abaixo e veja as imagens no site do RJ-TV.
"Portela até debaixo d'água
A Portela promete inundar a avenida com muita animação, no carnaval 2008. Os ensaios são apenas um aperitivo para o banho que a escola quer dar na Marquês de Sapucaí.
Quando São Pedro decide participar do ensaio, transforma tudo em uma experiência aquática. A quadra da Portela, em Madureira, na Zona Norte, vira ilha, cercada de água por todos os lados.
Para chegar é um sufoco. Muitos nem tentam, mas há sempre os mais perseverantes, os que enfrentam a chuva, os que vivem os ensaios como uma experiência de lavar a alma.
O portelense é, acima de tudo, apaixonado por essa escola que tem ancorada no passado tantas boas lembranças. Nos últimos tempos, alguns carnavais meio aguados não foram suficientes para diminuir o pique e o orgulho de todos por aqui.
"Vamos ensaiar com amor, com muita garra, com muita vontade. Salve a nossa Portela", gritou o locutor Boca, animando a comunidade.
Duro é salvar o ensaio! A chuva quase leva tudo água abaixo. "Não tem jeito, não tem para aonde correr. É como se a quadra estivesse lotada, com dez mil pessoas", disse o locutor Boca.
As poças d'água não deixam levantar poeira, elas viram espelho, lubrificam o gingado das passistas que, de certa forma, aproveitam para treinar sob condições difíceis.
"A gente já aprendeu a desfilar com chuva e nos saíamos bem. Ensaiar com chuva para nós não é nada. É bênção de Deus", disse a diretora social, Verinha.
O ensaio foi só para quem é Portela até debaixo d'água, porque, logo antes, uma chuva fortíssima, caiu e atrapalhou tudo. Quase ninguém conseguiu chegar. Não era dia de águia, mas de água. Estava mais é para peixe, mas para muita gente não tem tempo ruim.Trocar a batalha do dia-a-dia por algumas horas na Portela é sempre passar da água para o vinho.
"Com certeza, mas no coração portelense não tem chuva, não tem tempestade, não tem nada. Pode ser o que for que a gente vai estar aqui ensaiando", disse uma foliã.
"Portelense nessa hora vira tubarão. Vem que vem para ensaiar, vem com gosto", brincou o intérprete Gilsinho."
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