Acervo Portelaweb
|
|
Bateria - 1969
|
Em 1969, a tarefa de desenvolver o carnaval da Portela coube a Clóvis Bornay, uma das figuras mais importantes do carnaval carioca. Ficou definido que o enredo seria sobre a saga de Pedro Álvares Cabral, que, segundo a historiografia da época, partindo de Portugal em direção às Índias, acabou descobrindo o Brasil, para a glória de dois povos. Chamava-se, então, "Prosocopédias cabralinas", e só mais tarde passou a ter seu título definitivo, "As Treze Naus".
Com Natal afastado da escola, devido a problemas particulares, Caetano Piloto foi o homem que tocou o carnaval da Portela. Além de Natal, Wilma Nascimento seria outro desfalque, pois deixara o posto de porta-bandeira para desfilar como destaque.
As altas temperaturas do verão carioca castigavam a Avenida Presidente Vargas, e não perdoavam nem a madrugada. A Portela foi a quarta escola a desfilar, entrando na avenida às três da manhã, com seus 4.000 figurantes, 65 alas e 250 ritmistas. Motocicletas do controle de trânsito tiveram que abrir caminho à frente da escola, pois o povo havia tomado a pista de desfile.
O samba, de autoria de Ari do Cavaco, na voz de Silvinho, conquistava o público já no início da apresentação, prenúncio de um grande espetáculo. Um leme, tendo ao fundo um mapa do Brasil na época do descobrimento, abria o desfile. Os carros da Portela eram extremamente altos, ao ponto de, na frente de cada alegoria, algumas pessoas estarem encarregadas de levantar os fios para que as mesmas pudessem passar. |