Outros Carnavais

1938 - Democracia no Samba
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17/01/06 17:53
RIO - Equipe Portelaweb
Fábio Pavão


Campo de Santana: palco do desfile de 1938



Atendendo aos pedidos do delegado Dulcídio Gonçalves, as autoridades competentes tiraram os desfiles da Praça XI, considerada inadequada. O novo local seria o Campo de Santana, que já havia sido palco do desfile especial ocorrido em 1934.

Pela primeira vez, constava no regulamento a proibição de carros alegóricos ou carretas, ainda resultado do desfile da Vizinha Faladeira no ano anterior. Também aparecia a proibição de histórias internacionais, esta última influência do projeto nacionalista de Vargas, que tinha nas ascendentes escolas de samba a verdadeira expressão dos valores culturais genuinamente brasileiros.

Chovia muito durante todo o dia 27 de fevereiro de 1938, domingo de carnaval. Com muitas dificuldades, a Portela dava os últimos retoques para o desfile, esse ano um pouco mais estruturada que nos últimos carnavais. Coube a Benício a tarefa de conseguir a licença para que a escola pudesse desfilar. Os figurinos ficariam por conta de Antônio Rodrigues e do presidente Alberto Machado.

A grande novidade seria a maior participação de Paulo, que passaria a se dedicar mais a sua escola. Contrapondo-se ao momento político que o país atravessava, em pleno Estado Novo, o enredo da Portela foi "Democracia no samba", tendo Lino Manuel dos Reis e Candinho à frente do barracão.

Ainda tentando superar a ausência do artista Caetano, a equipe preparou uma abre-alas espelhado, apresentando pela primeira vez esse material no desfile das escolas de samba. Coube a um lustrador chamado Empata a tarefa de carregar o abre-alas na avenida.

Sob fortes chuvas, a Portela entrou no Campo de Santana. A bateria de Mestre Betinho procurava superar as dificuldades do forte temporal que caía. Alvaiade, chefe de Conjunto, procurava empolgar os molhados componentes.

Se a Portela conseguiu desfilar apesar do tempo, a mesma sorte não teve a comissão julgadora nomeada pela prefeitura e pela União das Escolas de Samba, que não puderam comparecer ao local. Todas as 26 escolas conseguiram se apresentar, apesar dos problemas, mas, pela ausência dos jurados, não houve concurso.

Equipe Portelaweb - 2001
Texto revisado por Fabrício Soares

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