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2007 - Os Deuses do Olimpo na Terra do Carnaval – Uma Festa do Esporte, da Saúde e da Beleza
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25/02/07 12:59
RIO - Equipe Portelaweb
Jorge Madeiro e Marcelo Sudoh


Altaneira, a Águia pediu e os Deuses, não só os olímpicos, deram passagem. Quarta a desfilar na segunda-feira de Carnaval, a escola entrou na avenida já na madrugada de terça-feira, com o enredo “Os Deuses do Olimpo na terra do Carnaval – uma festa do esporte, da saúde e da beleza”.

A apresentação da agremiação começou de forma impecável. A Comissão de Frente era composta por 14 bailarinos representando os atletas gregos da antigüidade e uma bailarina representando a deusa grega da vitória Niké. A coreografia apresentada pela Comissão de Frente foi bem elogiada e aplaudida durante sua passagem pela Marquês de Sapucaí. Logo atrás da comissão, vinte bailarinas vestidas de deusas cercavam o 1º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Diego e Alessandra. A apresentação do casal também foi elogiada, tanto é que a porta-bandeira foi premiada com um Estandarte de Ouro de Revelação. Apesar disso, ainda falta experiência ao casal. Com um pouco mais de treino, eles podem garantir melhores notas para a escola.

Em seguida, a Portela apresentou seu tema em oito alegorias e 31 alas. Um pede-passagem veio trazendo a tradicional águia, que foi coberta por micro-lâmpadas e foi saudada pelo público com muitos aplausos e gritos de campeã. Além de ser o símbolo da azul-e-branco, ela representou a ave sagrada de Zeus, o grande deus do Olimpo.

Nas arquibancadas, as pessoas balançavam bandeirinhas da Portela e cantavam o samba-enredo de Diogo Nogueira, Ciraninho e Celso de Andrade.

Apesar de não ter apresentado muito luxo, os componentes da Portela passaram com muita garra. Aliás, o bom desfile deveu-se, principalmente, à vontade de vencer dos portelenses, pois nos quesitos fantasia, harmonia e alegorias e adereços a azul-e-branco de Oswaldo Cruz e Madureira deixou a desejar. O grande destaque em fantasias ficou por conta da ala das baianas. As fantasias dessa ala estavam belíssimas e bem confeccionadas. Também podemos citar algumas do primeiro setor, em que o esmero na confecção foi maior.

A escola correu muito no final do desfile, o que prejudicou o bom andamento da apresentação. Tal correria foi provocada por problemas em carros alegóricos. O terceiro, que trazia a figura do Barão de Coubertin, emperrou na concentração por cinco minutos. Porém, o problema foi rapidamente resolvido. Já o sexto atrasou o desfile da escola porque não se lembraram de içar uma destaque na alegoria, que representava a Vila Olímpica.

No fim, essa correria mostrou-se desnecessária porque o desfile terminou bem antes do tempo máximo permitido, dando tempo ainda para a bateria da Portela dar uma canja no meio da Apoteose, na altura do setor 13. Essa apresentação foi retribuída pelo público com gritos de "é campeã".

De terno e gravata, a bateria veio representando as delegações olímpicas que chegam a grandes eventos esportivos. A Tabajara do Samba de Mestre Nilo Sérgio deu um verdadeiro show de cadência e precisão, mas um erro da direção de harmonia da escola fez com que ela saísse do primeiro recuo na posição errada, muito atrás do que estava previsto no organograma. Ainda assim, fizeram uma apresentação excelente.

Já a rainha de bateria da Portela entrou na avenida com uma fantasia representando a medalha de ouro. Bombom chegou atrasada na concentração da escola e depois de se irritar com as perguntas da imprensa sobre o motivo e negar o atraso duas vezes, admitiu que houve demora para que fosse colocada a asa da fantasia. A rainha rezou em frente às câmeras, momentos antes de entrar na avenida, pedindo proteção aos deuses.

Várias personalidades do mundo da política e do esporte participaram do desfile portelense. Entre os políticos podemos destacar a presença do ministro dos Esportes, Orlando Silva, e do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que acompanharam a apresentação. Já entre os atletas que desfilaram na azul-e-branco e que marcaram presença tivemos Robson Caetano, Daiane dos Santos, Diego e Daniele Hypólito. Os dois irmãos ginastas vieram fazendo exercícios olímpicos sobre um carro. A participação de Daiane levantou as arquibancadas, ainda mais quando a atleta repetiu algumas das acrobacias exibidas em suas apresentações na ginástica de solo. Além disso, Daiane mostrou que tem o samba no pé. A escola levou ainda uma série de medalhistas olímpicos e pan-americanos, como Geovane Gavio, do vôlei de quadra, Jaqueline Silva, do vôlei de praia, e Ricardo Prado, da natação. Outro que também fez muito sucesso com o público foi o cantor Zeca Pagodinho. Ele veio à frente da escola saudando e sendo saudado pelo público.

Em um dos carros, skatistas e patinadores davam piruetas em uma rampa em "U", conhecida como "half pipe". O carro da velha guarda fez um encontro da escola com a Grécia. A alegoria levou o nome de Deuses da Portela e do Olimpo. Metade era azul e branco e a outra metade, dourado. Monarco, Tia Surica e Paulinho da Viola foram alguns dos "deuses" da escola.

Como no ano passado, Gilsinho mostrou total domínio do samba-enredo na avenida, tendo um excelente desempenho.

Apesar dos problemas, segundo o público e a crítica no rádio e na TV, a escola teria fizera um belo desfile. Uma pesquisa Ibope para a TV Globo, feita para todo o Brasil, colocou a Portela em primeiro lugar, batendo Mangueira, Salgueiro e Viradouro. Um compacto do desfile da Portela, “A Primeira Grande Festa do Pan”, será exibido na cerimônia de abertura dos Jogos, dia 13 de julho, no Maracanã.

Após a abertura dos envelopes com as notas dos jurados, a decepção portelense foi grande. A azul-e-branco ficou apenas com o 8º lugar, com 394,8 pontos.

A Portela entrou na Marquês de Sapucaí com 4.200 componentes. Defendeu o estandarte da agremiação o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Diego Falcão e Alessandra Bessa. À frente da bateria estava o Mestre Nilo Sérgio. Como Presidente da Escola, Nilo Mendes Figueiredo. Puxador, Gilsinho. Carnavalescos, Amarildo de Melo e Cahê Rodrigues.

Equipe Portelaweb - 2007
Texto revisado por Fabrício Soares



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