O grande sucesso do desfile de 1939 encheu os portelenses de esperança para a disputa do bicampeonato. O enredo era "Homenagem à Justiça", idealizado por Lino Manuel dos Reis e desenvolvido com o auxílio de Euzébio, Nô e Hilton.
Para encantar mais um vez a Praça XI, Lino preparou várias alegorias, entre elas as que representavam a liberdade e a justiça. A esperança era que mais uma vez a escola comovesse o público e arrancasse os esperados aplausos.
O samba, novamente composto por Paulo da Portela, tinha um verso em que dizia: "Salve a justiça!". Contudo, na hora em que a escola se apresentava, as pastoras teriam cantado "Pau na justiça!", em vez da letra original do samba.
Sobre a forma com que esse samba foi cantado, existem algumas divergências que ninguém consegue esclarecer corretamente: alguns acreditam que o samba foi modificado propositalmente na hora do desfile, como uma forma de protesto diante do momento político que o país atravessava; outros, no entanto, dizem que foi apenas um erro, sem qualquer intenção de criticar a realidade social brasileira.
De uma forma ou de outra, a verdade é que o resultado acabou não correspondendo às expectativas iniciais. A Portela obteve apenas a quinta colocação, atrás da Mangueira, Mocidade Louca de São Cristovão, Azul e Branco e União de Sampaio.
A comissão julgadora de 1940 foi composta por Modestino Kanto, Francisco Guimarães Romano, Gerhardt Luckman, Arlindo Cardoso e Lourival Dalier Pereira, todos nomeados pessoalmente pelo prefeito Henrique Dodsworth.
Equipe Portelaweb - 2001
Texto revisado por Fabrício Soares
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