Outros Carnavais

1946 - Alvorada do Novo Mundo
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18/01/06 15:07
RIO - Equipe Portelaweb
Fábio Pavão


Os vitoriosos pracinhas da FEB desfilam na recém inaugurada avenida presidente Vargas




Mal terminou a guerra e os sambistas começaram a fazer planos para o carnaval de 1946. Seria um espetáculo grandioso. As escolas que preferiram se afastar durante o período do conflito voltariam em grande estilo. Animada, a União Geral das Escolas de Samba decidiu que todas as agremiações teriam que trazer enredos alusivos à vitória aliada

O desfile, marcado para a Avenida Presidente Vargas, em frente à escola Rivadávia Correia, traria uma novidade importante, que era a proibição do improviso e a obrigatoriedade da segunda parte, determinando os rumos que o samba seguiria nos carnavais seguintes.

Outro ponto de destaque no regulamento era a proibição de carros mecânicos ou puxados por animais, com a intenção de traçar uma clara diferença entre as escolas de samba dos ranchos e grandes sociedades. Entretanto, admitia os trabalhos de pasta e caramanchões, ratificando, também, a exigência da ala das baianas e a proibição de instrumentos de sopro.

Coube ao artista Lino Manuel dos Reis idealizar o enredo da Portela. "Alvorada do novo mundo" seria o fechamento da série de enredos patrióticos que a escola apresentou nos últimos anos, orientada pela UNE e pela LDN. E a Portela pisou forte na avenida . A equipe de barracão, liderada por Lino, criou alegorias que fizeram enorme sucesso, como as que representavam a "volta das forças armadas" e os "acordos ministeriais".

Um panteão alegórico representava as "nações unidas" vitoriosas, trazendo a figura de Hitler esmagado e Mussolini enforcado. As criações fortes idealizadas por Lino representavam o sentimento que regia o imaginário popular naquele período.

Tio Sam, símbolo dos Estados Unidos


Ao som de mais um samba de Ventura, que atendia perfeitamente às novas exigências do regulamento, o povo via a representação dos adversários da democracia sendo humilhados e aplaudia. No final, uma alegoria mostrava o Tio Sam em pé, vitorioso, e Hitler ajoelhado. A empatia com o público foi imediata.

A comissão julgadora, formada por Manoel Piló, Cristóvão Freire, Armando Santos e Nourival Dalier Pereira, avaliou quesitos novos como indumentária, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira e iluminação dos préstitos, além dos já existentes samba, harmonia, bateria, bandeira e enredo.

Após sete horas de desfile, como o público já esperava, a Portela sagrou-se novamente campeã, totalizando 80,6 pontos. Era o hexacampeonato da escola, e a já rotineira festa voltaria a tomar as ruas de Oswaldo Cruz.

A Portela conquistava, assim, seu oitavo campeonato.

Equipe Portelaweb - 2002
Texto revisado por Fabrício Soares

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