Outros Carnavais

1950 - Riquezas do Brasil
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21/01/06 18:27
RIO - Equipe Portelaweb
Fábio Pavão


Acervo Portelaweb

Com o PCB na ilegalidade, Major Paredes assumia a presidência da UGES, prometendo lutar para pacificar o mundo do samba. Contudo, mesmo conseguindo que seu desfile fosse também reconhecido como oficial pelo poder público, a divisão entre escolas e suas entidades ainda existia, repetindo o que acontecera no ano anterior, em que dois desfiles diferentes dividiram a atenção dos sambistas.

Alheio aos problemas políticos que atrapalhavam o carnaval, Lino Manuel dos Reis preparava o enredo "Riquezas do Brasil" para que a Portela conseguisse superar a campeã Mangueira. A disputa entre Portela e Mangueira era, antes de tudo, uma disputa amigável, pois os "adversários" estavam no outro desfile.

E a Portela começa sua apresentação exaltando os elementos que fizeram a riqueza do país ao longo de sua história. Alegorias representando as pedras preciosas, tão cobiçadas pelas nações estrangeiras, o café, nosso maior produto de exportação no final do século XIX e início do século XX, e o minério transmitiam o que Lino havia idealizado.

Todo orgulho que o brasileiro tinha de sua terra era mostrado na avenida, mas não era tudo; a Portela mostrou também que a maior riqueza do país não estava nos produtos que brotam da terra, e sim nas crianças, esperança de um futuro promissor. Era com essa mensagem bonita que a Portela fechava seu carnaval.

Mais uma vez, Manacéa (foto) foi o autor do samba que foi levado para a avenida. Era a terceira vez consecutiva que a Portela desfilava com um samba do compositor, que em pouco tempo se consolidava como um dos maiores compositores da história da escola.

A comissão julgadora, composta por Pires da Silva, Cristóvão Freire, Craveiro Júnior, Bernardo Cruz, Luiz Augusto e Claudionor Costa, conferiu à Mangueira o título de bicampeã, seguida pela Portela, vice, e Unidos da Tijuca, terceiro lugar.

Era o segundo ano do "samba dividido". Um grande desfile que juntasse Portela, Mangueira e Império Serrano, um "tira-teima" dentro da avenida, era tudo o que os sambistas sonhavam. A rivalidade crescia, um se dizia melhor que o outro, mas ninguém podia comprovar quem realmente estava com a razão. Entretanto, se esse era o sonho dos sambistas, a presença de Irênio Delgado como vice-presidente da Federação das Escolas de Samba tornava esse realidade ainda muito distante. O grande confronto ainda teria que esperar mais um tempo.

No outro desfile, o Império Serrano, como já era esperado, foi novamente campeão.

Equipe Portelaweb - 2002
Texto revisado por Fabrício Soares

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