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O clima de tensão no período próximo ao carnaval de 1944 era tamanho que a União Geral das Escolas de Samba divulgou nota oficial que, entre outras coisas, facultava a suas filiadas a condição de desfilar.
Nove escolas participaram do carnaval, apesar de não contarem com a subvenção da prefeitura. Nenhum órgão de imprensa designou repórteres para cobrir o espetáculo, que ficou sem maiores registros ou informações oficiais.
A Portela apresentou o enredo "Motivos patrióticos", novamente formulado pela Liga de Defesa Nacional e pela União Nacional dos Estudantes. As alegorias, idealizadas por Lino, Euzébio e Nilton, homenageavam os principais símbolos nacionais, como a Bandeira Nacional, Brasão da República, Hino e outros.
Envolvidos no clima de patriotismo que tomava conta do país, as escolas de samba mais uma vez deram importante auxílio para o esforço de guerra. Exaltando os símbolos nacionais, a Portela mostrava para o público que a união era fundamental naquele momento difícil que o país estava atravessando.
O samba apresentado era de autoria de Zé "Barriga Dura" e Nilton "Batatinha", e muito contribuiu para o sucesso do desfile portelense.
Mais uma vez, a Portela sagrou-se campeã, ficando a Mangueira com o vice-campeonato. Definitivamente consolidada como maior escola de samba do carnaval carioca, a Portela conseguia o tetracampeonato.
O país estava tenso, preocupado e triste, mas em um recanto da nação o povo estava feliz e alegre. Um lugar que, sem esquecer o sofrimento da guerra, sorria. Era um local vitorioso. Era Oswaldo Cruz.
Era o sexto título da Portela.
Equipe Portelaweb - 2002
Texto revisado por Fabrício Soares
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